sábado, 19 de junho de 2010

PREVENÇÃO RODOVIÁRIA PAZ NA ESTRADA - PUBLICIDADE (MICAS, CARLOS E CARLA)

A campanha escolhida pelo grupo foi a campanha Paz na Estrada, da Prevenção Rodoviária Portuguesa em parceria com a Direcção Geral de Viação. Esta campanha pretende alterar comportamentos não só dos peões como também nos condutores, embora incida principalmente nos peões. É uma campanha chocante que tem como objectivo notório evitar o atropelamento dos peões. É acima de tudo uma campanha de sensibilização e foi criada pela BBDO Portugal. É constituída por diversos suportes de comunicação: anúncio de Televisão, spots de Rádio e Publicidade Exterior – mupis, outdoors e sinalética a colocar em locais estratégicos sendo eles transportes públicos, passadeiras e semáforos.
A sinalética, com um fundo amarelo vivo, com grafismo preto, representa uma situação de atropelamento, em que é notório um peão que cai na via rodoviária devido a um embate com um carro. Os anúncios de Televisão e os spots de Rádio consistem na apresentação de testemunhos reais, de familiares de vítimas mortais – peões – e de condutores envolvidos em atropelamentos de peões. Esses testemunhos são apresentados por pessoas reais, com nome próprio – Ana, Célia, Raquel e Joaquina – e como tal são pessoas que dão a cara na esperança de conseguirem remeter para o próprio universo das pessoas os seus sentimentos, as suas emoções e o desgosto que é perder alguém que lhes é querido através da suposta irresponsabilidade dos peões/condutores.
Há que ter em consideração que em 2003 morreram 246 peões nas estradas portuguesas em que apenas 10% desses peões atravessavam uma passadeira na altura do embate. A situação é descrita pela Administração Interna como sendo uma autêntica carnificina que ocorre nas estradas portuguesas.
O objectivo da campanha que tem como lema É melhor parar por aqui, destina-se a reduzir para metade o número de peões mortos nas estradas portuguesas até 2010, como explicou José Miguel Trigoso, secretário-geral da Prevenção Rodoviária Portuguesa. É também uma campanha que alerta os condutores mas acima de tudo é uma campanha que pretende sensibilizar os peões, aconselhando para a utilização das passadeiras e de material reflector durante a noite.

“Alterar comportamentos e atitudes, informar e sensibilizar os utentes é o caminho certo para combater a sinistralidade. Foram apoiadas diversas campanhas públicas entre elas a campanha Paz na Estrada”

in Fórum de Segurança Rodoviária, apresentado no dia 10 de Fevereiro de 2004, na Assembleia da República aos senhores Deputados e ao Senhor Presidente da Subcomissão de Segurança Rodoviária.


Contextualização da Campanha Paz na Estrada

Prevenção Rodoviária Portuguesa

Plano Nacional de Prevenção Rodoviária


Em Portugal morrem em média, por dia, vítimas de acidentes de viação, quatro pessoas ficando feridas cerca de cento e cinquenta e cinco pessoas das quais 8,5% em estado grave. Somos um país que em termos comparativos traduz uma das situações mais precárias na União Europeia. Nesta acepção, é necessário avaliar cuidadosamente a sinistralidade rodoviária em Portugal. É necessário reflectir de modo profundo acerca desta nódoa negra nas estradas portuguesas, tendo em consideração que se trata de um assunto problemático no que diz respeito aos meios de combate em que o valor que ressalta é o direito á vida, o direito á dignidade da pessoa humana já para não falar das graves consequências colaterais de índole material que daqui advêm.
Tendo em conta esta situação, em termos de intervenção é necessário ter em consideração a complexidade do fenómeno na prossecução eficaz de um objectivo nacional de redução sistemática da sinistralidade rodoviária. É necessário a implementação de um plano integrado, técnica e cientificamente fundamentado, em que as metas sejam quantificadas para horizontes temporais bem definidos bem como o suporte das acções no terreno.
Foi nesta perspectiva que surgiu o Plano Nacional de Prevenção Rodoviária – PNPR – levado a cabo pelo Conselho Nacional de Segurança Rodoviária sob a tutela da Secretaria de Estado da Administração Interna.
Em Setembro de 2002 foi constituída uma Comissão Técnica Coordenadora do PNPR, presidida pelo Secretário de Estado da Administração Interna e composta por elementos designados pela Direcção Geral de Viação, Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, Instituto da Estradas de Portugal, Associação Nacional de Municípios Portugueses, Prevenção Rodoviária Portuguesa e Laboratório Nacional de Engenharia Civil (entidade especialmente convidada). Esta Comissão Técnica Coordenadora aprovou o PNPR em Outubro.
Os principais problemas que condicionam a segurança rodoviária numa perspectiva global[1] são os seguintes:
- Comportamentos inadequados a vários níveis por parte dos diferentes utentes da infra-estrutura rodoviária, com frequentes violações do Código da Estrada;
- Falta de educação cívica de uma parte significativa de condutores agravada pela sensação de impunidade, resultante da pouca eficácia do circuito de fiscalização/notificação/punição do infractor;
- Deficiente coordenação nas actividades das várias entidades (públicas e privadas) com responsabilidades de intervenção no sistema rodoviário e na respectiva segurança;
- Insuficiente conhecimento das causas da sinistralidade;
- Insuficiente preparação técnica por parte dos intervenientes no sistema em causa;
- Infra-estrutura rodoviária com deficiências de vária ordem nas diferentes fases do respectivo ciclo de vida, nomeadamente no que respeita a inconsistências ao nível do projecto, a falta de qualidade na construção, ao tratamento inadequado da área adjacente à faixa de rodagem e a deficiências na conservação, incluindo as referentes à manutenção de equipamentos de segurança. (…);
- Dificuldades no sistema de processamento das contra-ordenações;
- Insuficiente empenhamento do sistema educativo na educação rodoviária das crianças e dos jovens;
- Sistema de formação e avaliação de condutores inadequado;
- Insuficiente coordenação na promoção de campanhas de informação/sensibilização dos utentes;
- Benevolente sancionamento dos infractores pelas autoridades judiciais.

Dados estes problemas é necessário considerar que a sinistralidade rodoviária deve ser considerada um problema associado a falências do sistema de tráfego rodoviário mas acima de tudo um problema a nível comportamental. Constitui um grave problema de saúde pública acatando consequências sociais e económicas. Não é só importante que se utilizem técnicas especializadas nas diferentes áreas envolvidas. É também necessário criar e manter níveis elevados de segurança rodoviária, conferindo este problema como uma prioridade na agenda política. Dai que seja importante a cooperação não só dos Ministérios da Administração Interna e das Obras Públicas, Transportes e Habitação como também dos Ministérios da Edução, da Saúde, das Cidades, Ordenamento do Território, da Justiça e ainda de todos os Municípios. Mas nem tudo depende do esforço político, das estratégias e meios de actuação postos ao serviço desta causa. Em termos se resultados quem poderá contribuir para a eficácia são todos os cidadãos e o seu posicionamento de rejeição ou de condescendência que a sociedade tiver para com os comportamentos inadequados de cada um.

Objectivos do PNRP

O PNPR pretende criar as condições necessárias para uma actuação consistente e tecnicamente fundamentada no sentido de uma substancial melhoria da situação portuguesa em termos de segurança rodoviária. Aquilo que se pretende concretamente é uma redução em termos de 50% do número de mortos e de feridos graves até ao ano 2010, números estes propostos pela Comissão Europeia, em relação á media de sinistralidade dos anos 1998 a 2000.
Sem dúvida de que se trata de um objectivo ambicioso mas claramente indispensável. Os nossos níveis de sinistralidade devem decrescer e aproximarem-se dos níveis da média europeia. Para tal, é necessário que os níveis da sinistralidade rodoviária portuguesa quer em relação ás vítimas mortais quer em relação aos feridos graves, tenham uma redução a 60%. Esta redução incide principalmente nos peões (e este é o objectivo que aparece num nível superior no PNPR emitido pela Administração Interna), nos utentes dos veículos de duas rodas a motor e nos utentes acidentados dentro das localidades.
Para que se torne possível contemplar os objectivos quantificados pretendidos devem se impor determinadas medidas fundamentais. Essas medidas são as seguintes: educação sistemática do utente, ambiente rodoviário seguro e quadro legal e a sua aplicação.
A nível operacional são identificados nove objectivos em que o item que diz respeito á segurança dos peões aparece em segundo lugar, em termos de hierarquia de objectivos. É este objectivo operacional que daremos ênfase no nosso trabalho já que é o objectivo relacionado com a campanha que estamos a analisar. Podemos também considerar que o primeiro objectivo, relacionado com as velocidades seguranças se encontra relacionado directamente com a segurança dos peões. Vejamos então a hierarquia dos objectivos do PNPR:

1) Velocidades praticadas mais seguras;
2) Maior segurança para os peões;
3) Maior segurança para os utentes de veículos de duas rodas;
4) Combate à condução sob a influência do álcool e drogas;
5) Combate à fadiga na condução;
6) Mais e melhor utilização de dispositivos de segurança;
7) Menor sinistralidade envolvendo veículos pesados;
8) Infra-estrutura rodoviária mais segura; e,
9) Melhor socorro às vitimas de acidente

Caracterização da Sinistralidade Portuguesa
A situação dos peões atropelados mortos vítimas de atropelamento

Os dados a serem apresentados são relativos aos anos 2000 e 2001 e caracterizam a sinistralidade portuguesa no que respeita aos acidentes e ás suas vítimas. Interessa-nos analisar os dados relativos ao atropelamento de peões e á sua consequente morte, mas consideramos importante apresentar os dados de que dispomos para se perceber a conjuntura da real sinistralidade portuguesa.

- 68% ocorreram dentro das localidades, das quais resultaram 41% dos mortos, 59% dos feridos graves e 65% dos feridos ligeiros;

- 51% foram colisões, 25% foram despistes, 18% atropelamentos e 6% acidentes de outro tipo;

- Destes acidentes resultaram 42% de mortos em colisões, 35% em despiste, 20% em atropelamentos e 3% em outros acidentes;

- 20,5% dos mortos são peões, 27,1% são utentes de veículos de duas rodas, 50,3% são utentes de veículos automóveis (47,4 de ligeiros, 2,9% de pesados e 2,2% de outros veículos);

- Dentro das localidades, 54% dos acidentes foram colisões, 17% despistes, 23% atropelamentos e 6% foram acidentes;

- Dos mortos verificados dentro das localidades, 38% resultaram de colisões, 28% de despistes, 32% de atropelamentos e 2% de outros;

- Fora das localidades, 48% dos acidentes foram colisões, 41% foram despistes, 5% foram atropelamentos e 6% foram de outro tipo de acidentes;

- Dos mortos verificados fora das localidades, 44% resultaram de colisões, 41% de despistes, 12% de atropelamentos e 3% de outro tipo de acidentes.

É importante salientar os números dos peões mortos:

- 65,4% resultaram de acidentes dentro das localidades;

-53,9% resultaram de acidentes ocorridos durante a noite, dentro e fora das localidades;

- Fora das localidades 70,8% resultaram de acidentes nocturnos;

- Dentro das localidades 44,9% resultaram de acidentes nocturnos;

- 56,1% dos mortos resultam de acidentes ocorridos em estradas nacionais –incluindo Ip’s e IC’s (14,9% dentro das localidades e 41,2% fora das localidades), 16,7% em estradas municipais e outras (5,6 dentro das localidades e 11,7% fora das localidades), 20,5% em arruamentos e 6,8% em auto-estradas.


Em comparação com a taxa de mortos dos países da União Europeia, a taxa de mortos por habitante em Portugal é superior em quase 50% à da média europeia., sendo a segunda pior de entre todos os países.
Em relação á situação dos peões a situação complica-se ainda mais. Portugal encontra-se numa situação desfavorável já que a taxa apresentada apresenta um valor superior ao dobro da média dos países da União Europeia (nesta acepção é a segunda pior) e ao quíntuplo do país que apresenta a taxa mais favorável.
Em relação á estrutura da sinistralidade rodoviária portuguesa os pontos negros são fundamentalmente a sinistralidade dos peões, num primeiro lugar, a sinistralidade dos veículos de duas rodas a motor, em segundo lugar, e, a sinistralidade dentro das localidades em terceiro lugar.

Maior segurança para os peões

Em Portugal 13,6% das vítimas resultantes de acidentes de viação e 20,2% do total de vítimas mortais são peões. Desses peões, crianças até aos 14 anos representam apenas 6,4% das vítimas mortais mas constituem 16,9% dos feridos graves. As consequências desse atropelamento permanecem para toda a vida na medida em que as suas capacidades ficam reduzidas.
É necessário ter em consideração que a sinistralidade de peões resulta em grande parte do próprio comportamento dos peões, da sua irresponsabilidade. Mas muitas vezes este tipo de acidente acontece também por culpa dos condutores e das condições das infra-estruturas bem como na gestão do tráfego. O cerne da questão está em estabelecer um plano que tenha em consideração estes factores.
Não nos podemos esquecer que o objectivo da campanha é reduzir pelo menos 60% o número de peões mortos em 2010 em relação á média do triénio 1998-2000. Isto significa uma redução do número de peões mortos para o máximo de 150 no ano de 2010.
No triénio 1999-2001 constatou-se que 92% das vítimas (mortos e feridos) e 66% dos mortos resultaram de acidentes dentro das localidades. Para melhor compreendermos esta questão não há nada melhor do que apresentar os dados que nos foram enviados pela PRP e que constam no PNPR em relação a esta matéria:
“Nas localidades com fiscalização a cargo da PSP (normalmente localidades com 20000 habitantes ou mais), ocorreram acidentes de que resultaram cerca de 58% de peões vítimas (56% em arruamentos e 2% em estradas de passagem) e 27% de peões mortos (24% em arruamentos e 3% em estradas de passagem), e que nas localidades a cargo da GNR (normalmente localidades mais pequenas) dos acidentes resultaram cerca de 36% de peões vítimas (25% em arruamentos e 11% em estradas de passagem), e de 39% de peões mortos (15% em arruamentos e 24% em estradas de passagem). (…)
O número de peões vítimas, com especial incidência nos peões mortos em acidentes verificados durante a noite é excessivo face ao volume de trânsito de peões nesse período, com uma situação particularmente grave nos acidentes verificados fora das localidades.”
Torna-se então imprescindível que os peões se tornem mais visíveis á noite. O condutor deve ter sempre uma postura defensiva para que ao circular a pé a sua circulação seja realmente mais segura. Neste sentido, a visibilidade dos peões constitui uma prioridade estratégica na luta contra a sinistralidade dos peões.
Embora se reconheça que a legislação existente seja adequada, os condutores parecem desconhece-la, principalmente no que diz respeito á obrigação de cedência de passagem de peões aquando da mudança de direcção, mesmo quando não existe passagem assinalada para a travessia de peões. Reconhece-se também alguma falta de intervenção das entidades fiscalizadoras nos conflitos peão/condutor, quer a nível da cedência de passagem por parte dos condutores, quer do mau uso das travessias dos peões.
Aliado a estes factores, a situação torna-se mais grave quando é inexistente um código de entendimento entre os peões que pretende atravessar uma via e os condutores que nela circulam. Este deveria ser fomentado em todo o período de escolarização e nas escolas de condução, em que se deveria aprender esse código.
Note-se também que na maior parte dos casos não há políticas estabelecidas no que diz respeito á gestão da circulação pedonal integrada no sistema de circulação, criando circuitos adequados e seguros.
Temos consciência de que os peões muitas vezes desprezam as passadeiras por várias razões. Os locais escolhidos para a sua implementação não são os mais indicados pois devem estar em locais estratégicos, próximos do destino que o peão pretende seguir. Muitas vezes a falta de qualidade da pintura das passadeiras bem como a sua sinalização, o arranjo das áreas adjacentes, o estabelecimento dos ciclos da sinalização semafórica bem como a ausência de refúgios de segurança fazem com que este tipo de infra-estrutura seja pouco seguro e pouco cómodo.
Paralelamente á campanha por nós estudada é necessário proceder a outras acções, nomeadamente formações a nível comportamental. Torna-se então necessário implementar determinadas medidas dirigidas aos peões, embora existam outras dirigidas aos condutores e ao próprio ambiente rodoviário em geral. Iremos referir as medidas de execução que são relativas aos peões.
- promover um estabelecimento e o uso de um código de entendimento ente os peões e os condutores para o atravessamento da faixa de rodagem.
- Promover, com carácter prioritário, a utilização de equipamento reflector, nomeadamente na circulação nocturna.
- Sensibilizar e informar os pais para as melhores técnicas de protecção e de formação dos seus filhos enquanto peões.
- Promover um efectivo treino de circulação na via pública, prioritariamente no trajecto casa/escola e noutros frequentemente utilizados pelas crianças, com intervenção directa dos pais e dos professores.
- Promover a informação aos idosos sobre os próprios problemas de inserção no trânsito mediante a adopção de comportamentos seguros.


Prevenção Rodoviária Portuguesa

Projecto Salvar Peões


1- Definição do Problema

· Em cada 100 peões acidentados 4 morrem.

· Diariamente, 21 peões são vítimas de atropelamento.

· 45% das vítimas de atropelamento são crianças e idosos.

· Pior que Portugal em termos de vítimas mortais por atropelamento, só mesmo a Grécia.

Apesar disso a quota de atenção que é dada aos peões é muito reduzida face à dimensão do problema. Se a tomada de consciência não existir nada disto vai mudar.
Todos os anos são feitos vários esforços:
Várias entidades se multiplicam em iniciativas para combater o problema da sinistralidade em Portugal:
— Ao nível da educação
— Legislativo
— Fiscalizador
— Infraestruturas
— Comunicação e Sensibilização
— ...
Todos desempenham o seu papel com diversos níveis importância e de envolvimento. Também a publicidade tem o seu papel.

2- O Papel da Publicidade

A Publicidade deve colocar na agenda o problema da sinistralidade com peões.
Se não existir esta tomada de consciência generalizada, se as pessoas não sentirem o “peso” do problema, dificilmente se pode esperar que façam algo para o resolver. Mas como é possível influenciar comportamentos?

a) Mostrar/ensinar o que fazer e não fazer.
Temos que ser constantemente lembrados dos perigos e daquilo que deve ser feito para os evitar.

b) Utilizar mnemónicas.
A utilização de mnemónicas torna-se pertinente neste contexto já que pode influenciar comportamentos – assimilação sem esforço.

c) Media – localização e timing.
Quanto mais perto estivermos do acontecimento maior será a probabilidade de influenciar o comportamento. Potenciar a utilização dos média para sermos lembrados de como nos devemos comportar enquanto peões.


3- Com quem é que estamos a falar? Identificação do target

Estamos a falar com os peões ou com os condutores?
Os peões estão no fim da lista de prioridades dos condutores. Quem conduz pensa no seu carro e nos carros que estão à sua volta, nunca pensa em peões. Os condutores passam a ser carros e os carros são cegos. Para um carro é mais difícil travar do que para uma pessoa. O peão não é uma ameaça. Os condutores nunca se lembram que também são peões.
Mas não basta falar com os condutores. Se o objectivo é salvar vidas, vamos falar directamente com aqueles que se habilitam a ser vítimas: os peões.
Mas porquê falar com os peões? Uma disrupção em termos de comunicação, dar particular ênfase aos peões (ao falarmos de prevenção rodoviária tendemos a esquecer-nos deles). Não se trata de excluir ou desresponsabilizar os condutores, trata-se de tentar influenciar quem mais facilmente pode actuar sobre o problema.
A campanha fala directamente com todos os peões:
· Os que atravessam fora das passadeiras.
· Os que não param antes de atravessar.
· Os que são peões à noite.
· Os idosos, que representam 40% das vítimas mortais.
· As crianças.
· E, com todos os que atravessam nas passadeiras.

4) Qual é a abordagem mais adequada?

É sem dúvida uma Abordagem Realista. Ultrapassar o problema da identificação. É preciso dramatizar a realidade, levar as pessoas a verem a situação como sua: “Podia ser eu”. Quanto mais “normais” forem os protagonistas, maiores são as chances da audiência ser impactada. O objectivo é Fazer com que a audiência passe pela experiência e viva o momento.
A ideia central de toda a campanha é ensinar a parar.

5) Estratégia de meios – Quais são os meios utilizados na campanha

Uma Campanha Multimeios com:
- Televisão.
- Rádio.
- Exterior (outdoors, mupis e outras localizações estratégicas do símbolo da campanha).

[1] De acordo com Plano Nacional de Prevenção Rodoviária da Prevenção Rodoviária Portuguesa.

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